Euclides da Cunha (1866-1909) foi um escritor brasileiro, autor da
obra "Os Sertões". Foi enviado como correspondente ao sertão da
Bahia, pelo jornal O Estado de São Paulo, para cobrir a guerra no município de
Canudos. Seu livro "Os Sertões", narra e analisa os acontecimentos da
guerra.
Euclides da Cunha nasceu no Rio de Janeiro no dia 20 de
janeiro de 1866. Filho de Manuel Rodrigues da Cunha Pimenta e Eudósia Alves
Moreira da Cunha. Ficou órfão de mãe aos três anos de idade, foi educado pelos
tios e avós. Com 19 anos, ingressou na Escola Politécnica onde cursou um ano de
Engenharia Civil. Matricula-se na Escola Militar da Praia Vermelha. Escrevia
para a Revista da escola, A Família Acadêmica. Expulso da Academia, por
afrontar o Ministro da Guerra do Império, vai para São Paulo e em 1889 publica
no jornal O Estado de São Paulo, uma série de artigos onde defendia ideais
republicanos.
Resumo do Livro:
Este livro é
dividido em três partes:
A Terra, O Homem e
A Luta.
A Terra é uma
descrição detalhada feita pelo cientista Euclides da Cunha, mostrando todas as
características do lugar, o clima, as secas, a terra, enfim.
O Homem é uma
descrição feita pelo sociólogo e antropólogo Euclides da Cunha, que mostra o
habitante do lugar, sua relação com o meio, sua gênese etnológica, seu
comportamento, crença e costume; mas depois se fixa na figura de Antônio
Conselheiro, o líder de Canudos. Apresenta se caráter, seu passado e relatos de
como era a vida e os costumes de Canudos, como relatados por visitantes e
habitantes capturados. Estas duas partes são essencialmente descritivas, pois
na verdade "armam o palco" e "introduzem os personagens"
para a verdadeira história, a Guerra de Canudos, relatada na terceira parte.
A Luta é uma
descrição feita pelo jornalista e ser humano Euclides da Cunha, relatando as
quatro expedições a Canudos, criando o retrato real só possível pela testemunha
ocular da fome, da peste, da miséria, da violência e da insanidade da guerra.
Retratando minuciosamente movimento de tropas, o autor constantemente se prende
à individualidade das ações e mostra casos isolados marcantes que demonstram
bem o absurdo de um massacre que começou por um motivo tolo - Antônio
Conselheiro reclamando um estoque de madeira não entregue - escalou para um
conflito onde havia paranoia nacional pois suspeitava-se que os
"monarquistas" de Canudos, liderados pelo "famigerado e bárbaro
Bom Jesus Conselheiro" tinham apoio externo. No final, foi apenas um
massacre violento onde estavam todos errados e o lado mais fraco resistiu até o
fim com seus derradeiros defensores - um velho, dois adultos e uma criança.
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